quinta-feira, 10 de março de 2016

Couchsurfing - a minha experiência como anfitriã

Sobre o Couchsurfing, preciso fazer um pequeno post sobre a minha experiência como anfitriã.


No período em que eu vivi no Marrocos, passei por várias saias justas com hóspedes. Gente dizendo que chegava as 8 da noite, e já era 11 e meia e não tinha dado as caras. Custa ligar?

Ou pessoas trazendo carne pra casa de uma vegetariana que fala disso umas mil vezes no perfil.

Acordando tarde, não ajudando a preparar o café da manhã, esperarem serem servidos, e nem se dando ao trabalho de lavar a louça durante o dia enquanto eu estava no trabalho.

Prolongando a estadia em um dia, porque tá gostoso e o próximo hóspede ainda não respondeu.

E a pior de todas: uma menina que decidiu colocar a calcinha dela para secar em cima da minha, no gancho que eu pendurava.

Para isso, eu criei um guia de regras para a boa convivência, que eu compartilhava com os hóspedes antes e na hora da chegada.

Ele está em inglês, mas se vocês quiserem se inspirar ele está disponível num dropbox aqui.
Adapte conforme as suas necessidades.

Continuo adorando o Couchsurfing. Conviver com essa diversidade de pessoas me faz crescer como ser humano, entendeu meus limites, minhas zonas de conforto, onde eu me sinto confortável ou não. É um lindo treino para a vida coletiva, seja com amigos, seja com parceiros.

E o mais importante: me faz perceber que nada é óbvio, nada é normal. Tudo parte do nosso paradigma cultural, da nossa criação, das nossas famílias, da nossa convivência humanas e das experiências vividas. NADA É NORMAL. O outro enxerga o mundo e as coisas a sua forma. Comunicar as nossas necessidades sem julgar os outros é extremamente importante.

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